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sexta-feira, 2 de março de 2012 Riquita «» Miss Portugal 1971![]() Mais um momento, mais um acontecimento a recordar. É uma pequena homenagem, mais através da imagem que da palavra, que procuro fazer à "nossa" Riquita quando concorreu a Miss Portugal no já longínquo ano de 1971. Foi a primeira vez que houve "autorização" para que as representantes de Angola e Moçambique pudessem participar, mal antevendo por certo, os autores dessa "autorização" que nesse ano de estreia fosse a menina de Moçâmedes, a vencedora. Se a este género de eventos, como o concurso de Miss Angola passava de certa forma despercebido da maioria da população angolana e luandense, pois só os agentes, as concorrentes, algumas estações de rádio e alguma determinada "elite" é que conheciam, participando e presenciando o evento, o certo é que a até então "quase desconhecida", de vulgo nome Riquita, tornou-se rapidamente num simbolo nacionalista da beleza da mulher angolana e da própria Angola na sua constante busca de autonomia. Foi uma explosão de loucura, de histerismo, de espontânea glória para todo um povo anónimo que vitoriava quem bem tinha levantado o nome de Angola, e logo na capital do então império português. A então quase "desconhecida" Riquita trazia para Angola o ceptro e a coroa de Miss Portugal. O povo luandense "decretou" no dia da sua chegada, ao então aeroporto Craveiro Lopes, feriado e centenas de milhares aplaudiram-na na sua passagem, os prédios e ruas apinharam-se para verem a sua Rainha, centenas de motos, motorizadas e veículos de quatro rodas formaram um numeroso e autêntico cortejo "obrigando-a" a percorrer as principais artérias de Luanda. Mas Riquita, a menina de Moçâmedes, já era rainha pelo modernismo na sua forma de se vestir, pelas madeixas e pelos óculos que lhe encobriam os belos e fascinantes olhos de menina com 18 anos. Como agora se diz, gostava de se "produzir". Estaria por certo a tecer encómios sem fim de tudo quanto representou desde o ter vencido o título de Miss Portugal 71, a toda a envolvência que se assistiu em Luanda e um pouco por toda a Angola, nomeadamente na sua cidade de Moçâmedes, e de como mais uma vez "ajudou", não o sabendo, ao renascimento politico em certos e já enraizados círculos, como já tinha de certa forma tinha acontecido quando Eduardo Nascimento foi à Eurovisão. Para quase todos quantos viveram em Angola estes êxitos eram, para além de serem verdadeiramente e apaixonadamente glorificados pelo povo anónimo, também uma resposta que se pretendia e ambicionava desde há vários anos, já no tempo de Norton de Matos, por ex:, rápida na transformação politica de ordem autonómica e todos os êxitos alcançados além fronteiras serviam para consolidar esse sentimento. De Riquita todos quantos viveram no "Outro Lado do Tempo" sabem quem ela foi, o que para nós representou e como Angola sempre sobressaía cada vez mais do isolamento obscurantista pretendido na capital do chamado império português. OBRIGADO RIQUITA pela continuidade da "chama" que em muitos milhares de nós conseguiste continuar a "alimentar" com o teu feito, e do qual foste a pioneira para que se abrissem em definitivo as fronteiras de Angola, através da beleza da mulher angolana, a outros certames de niveis internacionais e universais. Saudações e Inté ![]()
Comments:
Olá mano
Foi uma loucura. Lembro-me de ver milhares de papelinhos coloridos serem lançados das janelas à passagem do carro aberto que trazia a Riquita. Trouxe a Portugal a belez da mulher angolana tal como sucedeu o ano passado com a eleição como Miss Universo de outra angolana. Penso que no tempo da Riquita o corpo e a beleza eram mais genuínos e não haviam os 'botox' e afins que transformam um sapo num príncipe! Linda Riquita!
Nao ouvia esta cancao faz tanto tempo, acho que todo o cabeca-de-peixe sabia de cor e na lingua dos pp
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obrigado pela patrtilha N. Ferreira << Home |